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sexta-feira, 26 de abril de 2013
5S
Desenvolvido no Japão em meados do século XX objetivando transformar o ambiente e a atitude das pessoas, através da melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e aumentando a produtividade das instituições. Visando como resultado um ambiente saudável e acolhedor para todos. Também conhecida, no ocidente, como Housekeeping.
Sua essência está na mudança de atitudes, pensamento e comportamento pessoal, visando melhorar o ambiente de trabalho, a saúde física e mental dos empregados e o sistema da qualidade alcançando a maior produtividade e a redução de custos empregados.
Esta metodologia se baseia em cinco princípios que, no idioma japonês, começam com a letra S, daí surge sua nomenclatura mais conhecida: 5S. Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke que significam, respectivamente, senso de utilização, senso de ordenação, senso de limpeza, senso de higiene e disciplina.
SEIRI prega separação de necessário e de desnecessário. Manter apenas o necessário para a realização de uma determinada tarefa e libertar-se de itens desnecessários para que estes não induzam ao erro, perda de tempo ou elevação de custo sem motivo plausível.
Subentende-se que a classificação, organização, seleção, arrumação e a utilização de equipamentos, ferramentas, utensílios, dados, informações e habilidades o auxilie a realizar tal separação, permitindo o foco apenas no necessário.
SEITON orienta que cada equipamentos, ferramentas, utensílios, dados e informações estejam em seu devido lugar, ou seja, ordenado. A melhor disposição, comunicação áudio-visual e o fluxo de indivíduos permitem o ganho da salubridade físico-mental do indivíduo além de permitir uma resposta rápida e mais precisa a eventos inesperados. Para tanto, devemos definir o local ideal para cada objeto, manutenção dos mesmo nos lugares indicados e o respeito as normas que estabelecem tais posicionamentos de cada objeto.
SEISO significa manter/zelar pelo ambiente físico limpo, eliminando sujeira e objetos estranhos, oriundos ou não da tarefa realizada, bem como dados e informações atualizadas. Tão importante como o ato de limpar é o ato de não sujar/poluir. Para isto, identificar o motivador desta sujeira/ruído se faz necessário. Com sua aplicação há a possibilidade de uma melhor análise quanto à limpeza, defeitos, rachaduras, quebras/vazamentos e até a obsolescência de objetos e até procedimentos até então adotados.
Uma metodologia muito utilizada para isto está o Diagrama de Causa e Efeito criada por Ishikawa, mas este tema não será desenvolvido neste trabalho pela manutenção do foco.
SEIKETSU visa a criação ideal de asseio, higiene, saúde, integridade e padronização. É criar condições favoráveis à saúde física e mental, livrando-se de agentes poluentes que possam diminuir a eficiência dos processos produtivos/industriais e indivíduos em suas tarefas. Os três primeiros S já levam a este caminho, logo entendemos que sem a assertividade necessária com os três primeiros S não haverá a possibilidade de se concluir/atingir o quarto S.
No Brasil, existem Normas Regulamentadoras – NR – que balizam sobre um padrão a ser respeitado nas residências, empresas, escolas e vias públicas. Existem, também, Normas Técnicas que balizam insumos, máquinas e equipamentos, tendo como principal órgão regulamentador o INMETRO e à nível mundial existem normas que balizam a eficiência e eficácia de procedimentos, as ISO - International Organization for Standardization.
SHITSUKE, segundo o dicionário Michaelis, significa:
a)Relação de submissão de quem é ensinado, para com aquele que ensina;
b)Observância de preceitos ou ordens;
c)Observância estrita das regras e regulamentos de uma organização;
d)Obediência à autoridade;
e)Procedimento correto;
f)Castigo, mortificação.
Logo, concluímos que ter disciplina é respeitar regras, leis, normas e tratados consensual ou não entre as partes. É ir além do fazer o que é certo da maneira correta, mas sim de respeitar e executar corretamente o que deve ser feito. É ser ÉTICO e com isso nutrir a base de sustentação de todas as sociedades existentes ao redor do planeta, auxiliando na harmonia, bem estar e na ordem que estas, e seus integrantes, demandam.
Oriundo deste respeito, nasceu a autodisciplina que significa ter toda a ideia da disciplina focada no próprio indivíduo que se policiará para que não inflija os limites de seus valores familiares, religiosos e políticos.
Novamente junto ao dicionário Michaelis, encontramos o significado oficial. Neste, está registrado que autodisciplina é realizar a correção e regulação do modo de vida, de trabalho ou normas de moral que alguém impõe a si mesmo, ou aceita de outrem
Sua importância estará ligada ao desejo ou necessidade de aumento de produtividade e redução de custos tão pregados pelas empresas e a competitividade da atualidade.
Em 1992, Habu et al, conclui “O 5S traz a melhoria da estrutura da empresa, sendo que, para tal, o método de abordagem adequado é a execução antes da teorização. Com a realização do 5S até o nível de uma crença, os resultados obtidos são extremamente grandes tanto em termos quantitativos quanto qualitativo” (HABU et al, 1992).
Indo de encontro, OSADA (1995) prega: Todas as empresas que desejam melhorias de qualidade têm que começar pelos aspectos básicos, ou seja, pelos 5S’s, uma campanha dedicada a organizar o ambiente de trabalho, e conserva-lo arrumado e limpo, manter as condições padrão e a disciplina necessária para a execução de um bom trabalho.
Portanto para que uma instituição local ou multinacional vença e sobreviva a competitividade apresentada e cada vez mais perseguida pelas rivais, esta deverá movimentar-se em direção a qualidade total e para isto obrigatoriamente deverá implantar a metodologia 5S, manter e auditar com uma frequência previamente determinada por seus stakeholders.
Referências Bibliográficas:
• OSADA, Takashi. Housekeeping, 5S’s: seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. 3. ed. São Paulo: Instituto IMAM, 1995. 212 p.
• Programa 5S. Disponível em: http://www.demc.ufmg.br/gestao/Apostila5S.pdf Acesso em: 16 de outubro de 2011.
• Calliari, Ediany Patrícia e Fabris, Ildo. A IMPORTÂNCIA DOS 5 S’S NA ORGANIZAÇÃO. 2011.
• HABU, N.; KOIZUMI Y.; OHMORI Y. Implementação do 5S na prática. Campinas: Editora Icea, 1992.
• Dicionário on line Michaelis. Visitado em 25 de abril de 2012.
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